Chile ofensivo derrota Honduras que se safa de levar goleada

                                                                                                                              Por Jesse Machado

  Em Nelspruit o Chile derrotou Honduras por 1 a 0, jogo válido pelo grupo H. Apesar do magro resultado, a seleção chilena mostrou volume de jogo e pressionou a seleção hondurenha durante toda a partida. Se não fosse a falta de sorte aliada à falta de pontaria de seus atacantes, a seleção chilena aplicaria uma goleada. É deste grupo que sairá o adversário brasileiro na segunda fase. O Chile não vencia uma partida válida pela Copa do Mundo havia longos 48 anos.

 

Primeiro Tempo

  No começo do jogo muita movimentação, a seleção chilena se aventurava ao ataque com muita tranquilidade, aproveitando os espaços deixados pelos hondurenhos que só se arriscavam nos contra ataques sem nenhum perigo ao adversário. Muito fraca defensivamente e coletivamente a seleção de Honduras pouco podia fazer para conter o ímpeto chileno. A zaga dava chutões que só complicavam mais sua situação na partida, sempre forte no ataque, o gol chileno parecia amadurecer a cada jogada de ataque. Aparentemente nervosos os passes errados assombravam o ataque chileno principalmente o último passe, que passara sempre pelos pés de Sanchez o armador de jogadas do time de Bielsa.

Aos 21 minutos em jogada pela esquerda Sánchez dribla, de forma desconcertante, o zagueiro hondurenho, cruza, mas tem a bola interceptada, a bola ainda volta para o seu domínio, ele toca para “El mago” Valdívia, que chuta colocado, mas a bola é desviada para escanteio.

Aos 24 minutos novamente Sánchez em lance individual tenta o gol pelo lado direito da pequena área chuta forte para a defesa do goleiro que mais uma vez joga para escanteio, na cobrança do escanteio a bola é arremessada para Fernández que cabeceia rente a trave.

Soberano no jogo as jogadas chilenas começam a assustar mais, em contra partida os hondurenhos apostavam em jogadas pelas laterais destinadas a Pavón que nada produzia.

Aos 34 minutos, gol do Chile. Pela direita Sánchez cruza para Fernández que enfia a bola pra Isla, que encontra Beausejour, que de frente para o gol empurra para o fundo da rede. Chile 1 a 0.

Não satisfeitos aos 36 minutos, Valdívia ajeita de calcanhar para Guivara chutar em cima do goleiro Valladares de Honduras. Aos 42 Sánchez invade a área chuta para o gol a bola ainda bate nos braços do jogador hondurenho mais o árbitro não assinala o pênalti claro, a bola ainda sobra para Valdívia dividir com o goleiro sem muito perigo.

Apenas aos 45 minutos a seleção hondurenha assusta. Espinoza cobra falta, e o goleiro chileno tira com a ponta dos dedos. Na cobrança de escanteio a defesa chilena tira sem maiores dificuldades.

 

 

Segundo Tempo

Na segunda etapa a seleção hondurenha precisando do resultado passa a se arriscar mais ao ataque, mesmo que inoperante o ataque passa a equilibrar as ações de jogo.

Soberano, o Chile se defende e aproveita os contra ataques deixados pela seleção centro americana. Novamente os atacantes chilenos não resolvem a partida e a equipe se irrita com as oportunidades desperdiçadas.

Logo aos 3 minutos é notória a mudança de postura dos hondurenhos, Àlvarez se lance pela meia lua e é interceptado com falta dentro da área, mas o árbitro Eddy Maillet mais uma vez não dá pênalti.

Aos 9 minutos uma jogada desleal de Honduras após falta não assinalada pelo árbitro Palácios entra com as travas da chuteira nas pernas de Sánchez.

Aos 16 minutos jogada ensaiada no ataque chileno Fernández enfia bola na medida para Sánchez que tira do goleiro, a bola passa bem perto da trave, mas vai para fora.

A blitz chilena ao gol hondurenho acarretaria em uma grande defesa do goleiro Valladares, em bola lançada pela esquerda Fernández cabeceia para o centro da pequena área, e o zagueiro Ponce cabeceia a queima roupa em cima do goleiro, linda defesa de Valladares.

Aos 29 minutos foi anulado corretamente um gol do Chile, para a tristeza dos Chilenos que eram a maioria da torcida africana  presente ao estádio.

Aos 34 entra González no Chile o jogador imprime novo ritmo a seleção chilena que volta a atacar, e assusta por vezes o gol de Valladares, mas sem sucesso. Na última jogada de perigo do segundo tempo, seria dele mesmo González, que recebeu de costas e chutou perto do gol.

 

Análise Técnica

A seleção hondurenha mostra sérias dificuldades, tanto técnicas quanto táticas, peca muito defensivamente e dá a entender que é uma seleção amadora porém esforçada, mas não conseguirá de forma alguma uma vaga na segunda fase, principalmente por cair em uma chave complicada como é esta do Grupo H.

Diferentemente da seleção de Honduras a seleção chilena é mais time e pode ir longe nesta Copa irá depender do seu desempenho neste grupo, já que poderá enfrentar  a seleção brasileira já na segunda fase.

Demonstrou grande força ofensiva, tem muitas opções de jogadas e é coletivamente muito forte, grandes jogadores que poderão fazer uma boa campanha, é bem treinada pelo argentino, Marcelo Bielsa e terá de jogar tudo contra os próximos adversários ( Suiça e Espanha respectivamente )

Se o ataque é potente, a defesa preocupa mostra sérias dificuldades em se defender, ataca para que o adversário não perceba o seu ponto fraco, que pode complicar as pretensões chilenas, além da defesa o que pode complicar foram os gols perdidos hoje já que em um grupo tão equilibrado o saldo de gols poderá fazer a diferença.

 

 

Ficha Técnica 

HONDURAS 0 X 1 CHILE

Honduras

Valladares, Sergio Mendoza, Bernárdez, Figueroa e Izaguirre; Turcios, Wilson Palacios, Guevara (Thomas) e Edgar Álvarez; Ramón Nuñez (Walter Martínez) e Pavón   (Welcome).

Técnico: Reinaldo Rueda.

Chile 

Bravo, Medel, Ponce, Jara e Vidal (Contreras); Carmona, Millar (Jara), Matíaz Fernández e Beausejour; Valdívia (Mark González) e Alexis Sánchez.

Técnico: Marcelo Bielsa.

 

Gols: Beausejour, aos 34 do primeiro tempo.

Cartões amarelos: Palacios (Honduras);Carmona e Matíaz Fernández (Chile).

Estádio: Mbombela Stadium (em Nelspruit).

Árbitro: Eddy Maillet (SEY).

Assistentes: Evarist Menkouande (CMR) e Bechir Hassani (TUN). 

 

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